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Novembro Azul – cuidado e saúde masculina

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Como descobrir e tratar o câncer de Próstata? 

A campanha de novembro azul se inicia. Você, pessoa do sexo masculino, sabia que se cuidar (e cuidar do outro) requer muita coragem? Por ser um processo trabalhoso, que demanda tempo e atenção, mesmo que ao próprio corpo, muitos homens evitam acompanhar a própria saúde, ou delegam esse trabalho à terceiros. Então, saiba qual a melhor forma de se cuidar para que isso não vire uma bola de neve no futuro.

Segundo o INCA, Instituto Nacional do Câncer de Próstata, recomenda-se a manutenção do peso corporal adequado, de modo a diminuir o risco de câncer de próstata avançado. No entanto, destacamos a importância de adotar diversos hábitos saudáveis, como: 

 

  • fazer atividade física;
  • ter uma alimentação saudável;
  • evitar bebidas alcoólicas; 
  • não fumar.

 

Esses hábitos ajudam a diminuir o risco de doenças crônicas, dentre elas, o câncer. Diante de qualquer sinal ou sintoma suspeito, os homens devem procurar imediatamente o serviço de saúde para realizar a investigação diagnóstica e, caso haja alguma alteração suspeita, seguir para a confirmação diagnóstica com exame histopatológico. 

 

O câncer de próstata, mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

 

Revisões sistemáticas sobre o tema rastreamento do câncer de próstata, identificaram que essa prática aumenta de forma significativa o diagnóstico desse câncer, sem redução significativa da mortalidade específica e com importantes danos à saúde do homem (ILIC et al., 2013; HAYES et al., 2014; ILIC et al., 2018). 

 

Sobrediagnóstico

 

Um dos principais estudos sobre o tema, o estudo europeu European Randomized Study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC), em 2019, após 16 anos de acompanhamento, mostrou redução na mortalidade específica com o rastreamento, acompanhada, porém, de elevadas taxas de sobrediagnóstico. O sobrediagnóstico é, por definição, “o diagnóstico de um câncer que não evoluiria clinicamente e não causaria danos durante a vida” (FENTON et al., 2018; HUGOSSON et al., 2019). Ou seja, pessoas que não sofreriam as consequências do câncer ao longo da vida, mesmo sendo portadores da doença. 

 

A posição da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o rastreamento do câncer de próstata é que os principais obstáculos para a implantação de um programa efetivo são: 

 

  • A maior frequência de tumores indolentes com o aumento da idade e uma morbidade significativa relacionada aos procedimentos utilizados até o momento para tratar o câncer de próstata (WHO, 2020; BRASIL,2010). 
  • A evolução clínica do câncer de próstata ainda não é bem conhecida, a despeito do conhecimento de alguns fatores prognósticos. Sabe-se que alguns poderão ter crescimento progressivo, enquanto outros possuem comportamento indolente, crescendo de forma lenta, sem chegar a apresentar sinais durante a vida, e a ameaçar a saúde do homem (BELL et al., 2015). 
  • Muitos homens, com a doença menos agressiva, tendem a morrer com o câncer ao invés de morrer do câncer, mas nem sempre é possível dizer, no momento do diagnóstico, quais tumores terão comportamentos agressivos e quais terão crescimento lento (SCHWARTZ, 2005). 
  • A doença detectada no rastreamento pode levar à necessidade de realizar novos exames para a investigação diagnóstica, podendo gerar necessidade de biópsia e complicações como dor, sangramento e infecções, além de ansiedade e estresse no indivíduo e na família (FENTON et al., 2018), com pouco benefício aos pacientes. 
  • Considerando as evidências atuais e reafirmando o posicionamento anterior (Nota Técnica Conjunta SAS/MS e INCA nº 001/2015), o Ministério da Saúde não recomenda o rastreamento populacional do câncer de próstata. Orienta ampla discussão sobre os possíveis riscos e benefícios para a tomada de decisão compartilhada com os homens que solicitarem exames de rastreio. 

Pessoas do sexo masculino: como acompanhar sua saúde?

 

Em conclusão: devem ser feitos os exames regulares de acompanhamento (Hemograma. Colesterol…) e: 

  • Glicose;
  • TSH e T4;;
  • Ureia e creatinina
  • Transaminases (ALT e AST), TGP e TGO;
  • Dosagem de vitaminas e minerais;
  • Urina e fezes.

Apenas ao possuir alguma suspeita (problemas na urina, etc) ou predisposição ao câncer de próstata (histórico familiar de parente de primeiro grau, colesterol alto acima dos 65 anos ou obesidade, deve-se ir ao urologista fazer o rastreamento da doença pelo exame de toque retal e o exame histopatológico (biópsia). Algumas pesquisas também apontam que homens negros têm maior predisposição à doença (veja: por quê o câncer de próstata é mais comum em negros

 

Orientação profissional é importante

 

Isso não significa que não devem ser feitos os exames e consultas regulares de acompanhamento de rotina e também ao urologista. Esse conteúdo é informativo, para informações sobre o seu caso e o melhor encaminhamento possível, consulte sempre um especialista de saúde e seu urologista. 

A Carolina Baby deseja um ótimo novembro azul a todos os seus leitores. Compartilhe o post para espalhar informação para seus amigos que não se consultam há um tempo! 🩵