Muitas mulheres possuem o desejo de ser mãe, e todas deveriam realizá-lo sem precisar abdicar de suas carreiras profissionais. Infelizmente, é isso que acontece em muitos lares brasileiros.
Ser mulher, mãe e esposa é trabalhoso! Mas a gratificação de ver o sorriso das crianças, de montar o quarto do bebê, de reunir-se com a família após mais um dia concluído, definitivamente vale a pena.
O perfil do trabalho da mulher ao longo dos anos é composto de avanços e permanências. A mulher passou a se inserir de forma mais significativa no mercado de trabalho a partir da década de 70. Naquela época, as mulheres trabalhadoras eram, quase exclusivamente, jovens, solteiras e sem filhos. A inserção da mulher casada e com filhos no mundo do trabalho fora do lar ocorreu de forma mais tímida do que para as mulheres sem filhos.
As mulheres mães deixaram o ambiente doméstico para buscar trabalho fora de casa, gradualmente. Atualmente, essa situação se modificou, sendo possível observar um número de mulheres mais velhas, casadas e mães realizando atividades remuneradas fora do lar (Bruschini, 2007).
As razões para o aumento da participação de mulheres no mercado de trabalho vão desde a necessidade de maior renda dentro de casa, até o aumento da escolaridade da população feminina, que permitiu às mulheres posições melhores em carreiras melhor remuneradas.
É importante salientar que o trabalho doméstico, feito majoritariamente pelas mulheres, é também uma forma de trabalho. O trabalho doméstico permite que atividades sejam feitas fora de casa por outras pessoas que compõem o lar. Assim, o trabalho exercido em grande parte pelas mulheres, dentro de casa, deve ser reconhecido como trabalho real.
Isso, claro, não quer dizer que o trabalho da mulher deve ser apenas o trabalho doméstico. No entanto, mulheres que exercem essa função passam despercebidas pela sociedade – o chamado “”trabalho invisível”. Dessa forma, sabemos que as mulheres merecem reconhecimento por todo e qualquer tipo de trabalho.
Se você é uma mulher que está passando por alguma dificuldade neste sentido, viemos te ajudar a pensar como contornar essa realidade. Confira algumas estratégias:
Identifique suas prioridades tanto na maternidade quanto na carreira e concentre-se nelas. Isso pode ajudá-la a tomar decisões mais assertivas e alocar seu tempo de forma mais eficiente.
Tenha conversas abertas com seu empregador sobre suas responsabilidades parentais e como elas podem ser conciliadas com suas responsabilidades no trabalho. Algumas empresas oferecem políticas flexíveis ou benefícios para pais, como horários de trabalho flexíveis, licença parental remunerada ou creches no local.
Use técnicas de gerenciamento de tempo, como fazer listas de tarefas, definir metas diárias e utilizar agendas ou aplicativos de organização para ajudar a maximizar seu tempo tanto no trabalho quanto em casa.
É importante definir limites claros entre o trabalho e a vida pessoal. Reserve tempo de qualidade para passar com sua família sem distrações do trabalho e, da mesma forma, mantenha seu foco no trabalho enquanto estiver no escritório.
Não hesite em pedir ajuda quando necessário, seja de seu parceiro, familiares, amigos ou serviços de apoio à família. Delegar tarefas e compartilhar responsabilidades pode aliviar parte do estresse e da carga de trabalho.
Lembre-se de reservar tempo para cuidar de si mesma. Isso inclui cuidar da sua saúde física, emocional e mental, praticando exercícios, meditação, hobbies ou qualquer outra atividade que a faça se sentir revigorada e equilibrada.
Entenda que equilibrar maternidade e carreira é um processo contínuo e pode haver altos e baixos ao longo do caminho. Seja gentil consigo mesma e esteja disposta a ajustar sua abordagem conforme necessário.
Lembre-se de que não há uma fórmula única para equilibrar maternidade e carreira, e que sempre há a liberdade de ajustar rotas, voltar atrás nas escolhas e se livrar de padrões que não servem mais aos seus objetivos. A escolha pela maternidade deve ser consciente, assim como por prosseguir ou não com a carreira, e acredite no próprio potencial de que as suas decisões são as melhores para você, naquele momento.
As mulheres carregam em si força e poder, não apenas de gerar e gestar a vida. O maior poder é aquele de conquistar autonomia, independência e permitir a entrada da felicidade no cotidiano.
