A tecnologia nos permite ter móveis cada vez mais duradouros, sustentáveis, até mesmo automáticos. Mas você já parou pra pensar, por exemplo, em como uma criança se sente num escritório? A maior parte dos ambientes são pensados numa escala que, claro, para pessoas adultas, é considerada normal. Mas a perspectiva muda quando se tem 1,20m de altura, e podemos utilizar o conceito de neuroarquitetura para nos ajudar a compreender o porquê de criar ambientes que se adequem melhor aos baixinhos.
“Neuroarquitetura” nada mais é do que um termo específico para relacionar os estímulos que o cérebro recebe dependendo do ambiente em que está. Para Vilma Villarouco, Arquiteta, palestrante e pesquisadora em Ergonomia e Neuroarquitetura, são localizados os estudos da arquitetura que vem inserindo os conceitos da neurociência, quando a preocupação com o bem-estar do ser humano ao vivenciar ambientes representa o foco principal dos projetistas.
Nessa aplicação, o interesse está no entendimento das reações registradas no cérebro, quando da observação de ativações de regiões que representam sensações, emoções ou comportamentos desencadeados por características do ambiente.
Piaget, psicólogo suiço, estudou sobre como as crianças adquirem conhecimentos sobre a realidade. Isso o levou a acreditar que esse conhecimento é produzido através da reação que a criança tem sobre o ambiente. Com base em seus estudos, ele apresenta quatro etapas desse desenvolvimento, onde os dois primeiros são: o estágio da inteligência sensório-motora, até os 2 anos de idade, quando a criança começa a desenvolver capacidade de controlar seu reflexos, e, gradativamente, suas ações motoras; e o estágio de inteligência simbólica ou pré-operatória, de 2 a 7 anos de idade, quando a criança começa a contar com a capacidade de desenvolver pensamento simbólico, tendo acesso a linguagem e ao pensamento.
De acordo com esse entendimento, pode-se concluir que nessa faixa-etária o pensamento da criança pode ser tomado pela representação imaginária, ou seja, ela aprende melhor mediante à imagens e elementos lúdicos, não apenas por meio de palavras.
De acordo com Brighente e Mesquida (2012), não podemos dissociar o processo educacional do ambiente em que ele acontece. O espaço expressa várias intenções através de seus elementos com as disposições, aberturas, fechamentos, iluminação, ambiente, entre outros. A arquitetura tem um papel importante no processo de aprendizagem dos alunos. Então, quando é aplicada com coerência e objetividade, se torna um incentivo. Tratando da pré-escola, entendemos que a infância é um período de intensa absorção de conhecimento das crianças. Assim, elas aprendem por meio das brincadeiras, conversas, imaginação e através do ambiente em que ela está inserida.
Notamos que a curiosidade é um instrumento para novas descobertas, por isso é preciso preparar o ambiente escolar para incentivar essa curiosidade. Ele pode se tornar um mediador produtivo do processo de ensino. Mas por que o conforto e o estímulo ao desenvolvimento devem ficar restritos ao ambiente escolar? Sabemos que nem sempre é fácil organizar e planejar o ambiente dos pequenos. Entretanto, acreditamos que é possível facilitar essa tarefa se os móveis da casa onde crianças frequentam fossem melhor acolhedores a elas. Isso pensando no tamanho, movimento, agilidade e curiosidade das crianças.
Ah, e não são podemos apenas pensar nos brinquedos para estarem de acordo com essas características. Nossas casas possuem maçanetas, torneiras, interruptores. Os adultos sempre têm o alcance, raramente as crianças o têm. A Carolina Baby convida nossos clientes e leitores a refletirem sobre essa ideia. Assim, quem sabe, pensar em dicas de como tornar o quarto e a casa das suas crianças um lugar que proporciona a elas autonomia e responsabilidade. Assim, sabemos que elas poderão aprender na prática tudo isso. Siga nossas redes e confira nosso catálogo para pensar em soluções como essa!